Após 14 meses de sucessivas quedas na comparação mês a mês, o NICS ajustado de junho mostrou uma elevação 8% maior que o número do mesmo período do ano passado, indicando que a intenção real de compra de armas de fogo voltou a subir nos Estados Unidos.
O National Instant Criminal Background System Checks (NICS) - Sistema Nacional de Verificação Instantânea do FBI ultrapassou a marca de 2,5 milhões no mês passado (junho de 2022), o que parece muito porque é muito. No entanto, esses números caíram um pouco em relação a junho de 2021 (3 milhões) e muito a partir de junho de 2020 (3,9 milhões), o que poderia indicar um arrefecimento significativo das vendas de armas nos últimos dois anos.
No entanto, a National Shooting Sports Foundation (NSSF) analisou todos esses números e isolando apenas as vendas de armas (alguns estados usam o NICS para verificações de antecedentes sobre licenças de armas, por exemplo), verificou que as prováveis vendas de armas de fogo em junho de 2022 foram, na verdade, 8% acima de junho de 2021.
O número de junho (ajustado) chegou à marca de 1.382.287 verificações e continuou a sequência de mais de 1 milhão de verificações de antecedentes para a venda de uma arma de fogo ao longo de 35 meses, o que é um recorde, demonstrando que os consumidores americanos continuam buscando esse produto em níveis elevados. Com essa longa sequência de meses nesse nível, analistas americanos do setor estão confirmando que tal patamar passou a se constituir no "novo normal" para o mercado de armas de fogo dos EUA.
Segundo melhor mês de junho da história
É relevante também considerar que a intenção de compras de armas medida pelo número NICS ajustado de junho deste ano foi a 2ª maior da história para o mês, o que mostra que a demanda por armas de fogo é constante e sustentada, superando o forte ano de 2021 e ficando abaixo apenas de 2020, um ano totalmente atípico.
Como o governo federal não controla as vendas de armas, os dados do NICS ajustados pela ISSF são o melhor proxy disponível para o comércio de armas de fogo, sendo utilizados para balizar as políticas e estratégias do setor de armas e munições dos Estados Unidos e de empresas que lá têm o seu maior mercado, como a brasileira Taurus Armas, que exporta cerca de 80% de sua produção para esse país.
Fonte/Créditos: LRCA Defense Consulting
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