Brigada de Infantaria Paraquedista
História
O até então capitão Roberto de Pessôa, concluiu em 1944 o curso de elite de paraquedista do Exército dos Estados Unidos em Fort Benning, nos Estados Unidos, brevetando-se como o primeiro paraquedista militar do Brasil. Graças aos seus esforços e de outros 47 militares considerados pioneiros, o Exército Brasileiro criou a Escola de paraquedistas, na cidade do Rio de Janeiro, pedra angular sobre a qual edificou-se o paraquedismo militar no Brasil. O primeiro curso de paraquedista militar do Brasil, foi realizado em 1949. De 1953 a 1969 foi o Núcleo da Divisão Aeroterrestre. De 1969 a 1971, foi a Brigada Aeroterrestre e de 1971 a 1985, Brigada paraquedista, e desde 1985, usa o atual nome.
Algumas missões em que atuou
Durante toda a sua História, a Brigada de Infantaria paraquedista participou de várias operações reais para defender os interesses do Brasil, segue um breve histórico onde a Brigada de Infantaria paraquedista, ou militares paraquedistas do Exército Brasileiro atuaram integrando as forças das missões:
Primeira Força de Emergência das Nações Unidas - UNEF I - 1957 a 1967
Entre as décadas de 50 e 60, o Exército Brasileiro enviou um batalhão de infantaria para o Egito, era o Batalhão Suez, na Primeira Força de Emergência das Nações Unidas, integrando a Força de Emergência das Nações Unidas I (FENU I), dentre seus integrantes, que se revezaram durante os dez anos de operação, foram enviadas unidades paraquedistas para compor o Batalhão Suez, estes militares ajudaram a separar as Forças de Defesa de Israel das Forças Armadas Egípcias.
Operação na Zona do Canal do Panamá - 1960
Em conjunto com a Airborne do Exército Estadunidense, a Brigada de Infantaria paraquedista saltou na Zona do Canal do Panamá em 1960 para combater insurgentes.
Revolta de Jacareacanga - 1956
A Brigada de Infantaria paraquedista combateu e derrotou os militares revoltosos da Força Aérea Brasileira.
Revolta de Aragarças - 1959
Mais uma vez a Brigada paraquedista combateu e derrotou revoltosos militares e civis.
Força Interamericana de Paz (FIP) - 1965 a 1966
Em meados de década de 60, a República Dominicana estava mergulhada em um completo caos social, devido a isto, foi organizada a Força Interamericana de Paz pela Organização dos Estados Americanos, com isto o Exército organizou o Destacamento Brasileiro da Força Armada Interamericana (FAIBRÁS), e enviou para a República Dominicana um batalhão de infantaria que contava com diversos militares paraquedistas da Brigada de Infantaria paraquedista, para garantir a estabilidade política e o funcionamento das instituições governamentais daquele país.
Contra-guerrilha do Araguaia - 1971 a 1975
Durante a década de 1970, a Brigada de Infantaria paraquedista lutou em um sangrento conflito, contra a Força de Guerrilha do Araguaia (FOGUERA), na chamada guerrilha do araguaia.
Durante a década de 1970, a Brigada de Infantaria paraquedista lutou em um sangrento conflito, contra a Força de Guerrilha do Araguaia (FOGUERA), na chamada guerrilha do araguaia.
ECO-Rio-92
A Operação das Nações Unidas em Moçambique, ONUMOZ na sigla em inglês, foi organizada para garantir a paz acordada entre o presidente da República de Moçambique e o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). A Brigada de Infantaria paraquedista enviou a 1ª Companhia de Fuzileiros paraquedistas (Companhia de Selva), orgânica do 26º Batalhão de Infantaria paraquedista. Entre as missões da Companhia estava a verificação do cessar-fogo, acompanhar a retirada de tropas estrangeiras que não estavam operando sob a égide das Nações Unidas, o estabelecimento de corredores de segurança e a verificação do processo eleitoral.
Terceira Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola UNAVEM III - 1995 a 1997
A Terceira Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola, UNAVEM III na sigla em inglês, foi uma missão organizada pelas Nações Unidas para garantir a paz em Angola, que era assolada por uma guerra civil. De agosto de 1995 a julho de 1997, o Brasil contribuiu com um batalhão de infantaria com cerca de 800 homens para garantir a paz, uma companhia de engenharia de combate com cerca de 200 homens para o trabalho de desminagem do território, e dois postos de saúde avançados com cerca de 40 oficiais de saúde, entre médicos, dentistas, farmacêuticos e auxiliares de saúde, sendo a Brigada de Infantaria paraquedista a brigada a contribuir com o maior número de unidades e contingente durante a missão.
Missão das Nações Unidas de Apoio a Timor-Leste - 2002
Unidades da Brigada de Infantaria paraquedista foram enviadas para apoiar o governo recém-independente leste-timorense em setores vitais para sua estabilidade política e garantir a segurança interna e externa do país.
Operações de Recuperação de Armas Roubadas no Rio de Janeiro - 2004 e 2006
Por ocasião de dois roubos de armas em unidades administrativas do Exército Brasileiro, a Brigada de Infantaria paraquedista, dentre outras unidades, foi enviada para ocupar, e se preciso, combater em comunidades da cidade do Rio de Janeiro que tinham forte influência da organização criminosa Comando Vermelho, ocuparam sem resistência o Complexo do Alemão, considerada a comunidade dominada pela quadrilha mais bem armada do Brasil, e chegaram a entrar em confronto com criminosos da comunidade da Providência.
Missão atual
MINUSTAH - a partir de 2004
Missão de garantia de paz no Haiti - MINUSTAH: atualmente as Forças Armadas brasileiras estão engajadas sob a égide da ONU, em uma missão para garantir a paz no Haiti, país que sofre com graves problemas sociais e conflitos armados entre gangues e milícias formadas por paramilitares ex integrantes das desmobilizadas forças armadas haitianas, contexto que iniciou-se após conturbado processo político no país.
O primeiro contingente brasileiro enviado, foi a 1ª Companhia de Fuzileiros Paraquedistas (companhia de Selva), orgânica do 26º Batalhão de Infantaria paraquedista. Desde o início o Brasil lidera a missão, a cada seis meses o contingente é substituído, já foram enviados, do Exército, unidades de infantaria para garantir a segurança do país, e de engenharia de construção, para realizar obras de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento, a Marinha também contribuiu enviando contingentes de Fuzileiros Navais (infantaria naval) e transportando em seus navios os blindados brasileiros utilizados na missão. A Força Aérea contribui transportando suprimentos em suas aeronaves ao país caribenho.
Operações de pacificação do Rio de Janeiro - 2010
Operações de pacificação do Rio de Janeiro - 2010
Operações contra o crime no Rio de Janeiro em 2010
Emprego da Bda Inf Pqdt no complexo do alemão - Rio de Janeiro
Tradições
Bda Inf Pqdt durante desfile militar em comemoração ao dia da independência do Brasil em 7 de setembro de 2003.
Desde a sua fundação, na década de 40, a tropa paraquedista do Exército Brasileiro mantém alguns símbolos e tradições inconfundíveis, que distinguem o paraquedista do Exército Brasileiro dos demais militares. A Brigada paraquedista é formada inteiramente por voluntários, conhecidos como pqds, tem como características a coragem, a agressividade no combate, a determinação no cumprimento da missão, a resistência física e a camaradagem,[1]estas características forjam a mística paraquedista, cultuada no dia a dia da caserna e materializada nos símbolos inconfundíveis da tropa, o brevê alado prateado, o "boot" marrom e a boina bordô.
Para-FAL
Outro símbolo inconfundível da tropa paraquedista do Exército Brasileiro é o seu fuzil Para-FAL, oficialmente denominado "Fuzil Automático Leve 7,62mm M964 A1". Devido a sua coronha rebatível seu uso é apropriado por unidades aerotransportadas, que tem menos espaço para o transporte de equipamentos, por isso a primeira tropa do Brasil a utilizar este fuzil foi a Brigada de Infantaria paraquedista, por este fato este fuzil começou a ser chamado no meio militar de Para-FAL.
Posteriormente passou a ser usado também pela Brigada de Operações Especiais, pelo Comando Militar da Amazônia, por demais unidades da Força de Ação Rápida Estratégica e por unidades que operam no pantanal, como o 17º Batalhão de Fronteira. O seu uso em todas estas unidades é porque devido a coronha dobrável, o transporte fica facilitado, seja em aviões, helicópteros ou em pequenas embarcações na amazônia e no pantanal. Atualmente este fuzil também é utilizado por várias organizações policiais brasileiras.
Emprego Operacional
A Brigada de Infantaria paraquedista é uma das tropas de elite do Exército Brasileiro. Preparada para saltar e operar atrás das linhas inimigas. Está preparada para atuar em no máximo 48 horas em qualquer parte do território nacional, seja em ambiente de selva, caatinga, montanha e pantanal, e permanecer sem apoio logístico por até 72 horas. Após o cumprimento da missão, entrega o território a outra unidade convencional para manter a posição conquistada, de acordo com a doutrina de treinamentos do Exército Brasileiro, geralmente uma unidade ou uma brigada de infantaria blindada fica encarregada de substituir a Brigada paraquedista no terreno, após o repasse do território a outra unidade da Força Terrestre, a Brigada paraquedista é lançada novamente atrás das linhas inimigas para abrir caminho as tropas aliadas.
Força de Ação Rápida Estratégica
A Brigada de Infantaria paraquedista é parte fundamental da Força de Ação Rápida e Estratégica do Exército Brasileiro - FAR, tropa de pronto emprego constituída pelo conjunto de grandes unidades de elite que tem como missão, defender o território nacional no mais curto período de tempo possível, em caso de uma invasão territorial, unidades integrantes da FAR:
Combate:
Brigada de Operações Especiais;
Brigada de Infantaria Paraquedista;
1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel);
12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel).
Apoio:
1º Batalhão de Aviação do Exército;
2º Batalhão de Aviação do Exército;
3º Batalhão de Aviação do Exército.
Sendo a Brigada de Infantaria paraquedista a segunda tropa (a 1ª é a Brigada de Operações Especiais) a ser empregada em caso de uma invasão do território nacional, não somente pela grande capacidade operacional da tropa, mas também pela grande mobilidade que lhe é proporcionada pelas aeronaves da Força Aérea Brasileira, em especial a V Força Aérea, também responsável pelo transporte da Brigada de Operações Especiais.
Força Tarefa Santos Dumont
Força Tarefa Santos Dumont, tropa de Pronto Emprego constituída por várias unidades da Brigada de Infantaria paraquedista, e tendo como núcleo principal o 26º Batalhão de Infantaria paraquedista, a Força Tarefa Santos Dumont tem como missão principal, atuar em todo território nacional no prazo máximo de 48 horas.
Treinamento dos paraquedistas
O combatente paraquedista do Exercito Brasileiro é um dos mais exigidos fisicamente no meio militar, devido a atividade aeroterrestre, em que são conduzidos ao campo de batalha através de aeronaves, em determinadas missões, os paraquedistas tem que caminhar por muitos quilômetros após cumprir à missão, para retornar a zona neutra ou aliada, geralmente refazendo todo o percurso feito de avião na ida para a missão.
Cursos de Aperfeiçoamento
Paraquedista militar
O curso de paraquedista militar do Exército Brasileiro é ministrado pelo Centro de Instrução paraquedista General Penha Brasil. Este curso (paraquedismo militar) capacita militares a se lançarem armados e equipados em salto semi-automático de aeronave militar. Também são ensinadas técnicas especiais de combate. Antes de iniciar o curso é realizada severa seleção física. Existe uma peculiaridade para os jovens que vão prestar o serviço militar obrigatório: caso sejam voluntários a servir na Brigada de Infantaria paraquedista e sejam aprovados nos severos testes físicos iniciais (realizados ainda na fase de conscrito) podem realizar este curso, os testes físicos iniciais a que os candidatos são submetidos, são realizados com toda a amplitude do movimento na execução, e nesta ordem:
- Executar 12 flexões na barra fixa utilizando-se da pegada pronada ( sem limite de tempo );
- Executar 48 abdominais do tipo ama-seca, podendo parar durante a execução do exercício ( no tempo máximo de 2 minutos );
- Executar 35 flexões de braço no solo sem intervalo ( sem limite de tempo );
- Subir 4 metros na corda vertical utilizando apenas os braços ( sem limite de tempo );
- Nadar 50 metros com o 13° uniforme sem os calçados ( blusa de combate camuflada, calça camuflada e descalço, no tempo máximo de 5 minutos );
- Correr 5.000m de calça e coturno ( busto nú, no tempo máximo de 25 minutos ).
Os que passam nestes testes iniciais, passam a frequentar à área de estágios do Centro de Instrução paraquedista General Penha Brasil para dar inicio ao curso de paraquedista militar, e passam a ter uma rotina de diária de exercícios prolongada, e também adquirem conhecimento de técnicas especiais de combate e os capacita a se lançar armado e equipado de uma aeronave militar, e semanalmente são novamente testados em testes físicos ainda mais difíceis que o inicial, são eliminados todos os que não suportam a rotina severa e estafante, os que não conseguem concluir os exercícios e testes físicos propostos durante o curso, até chegarem ao conhecido teste de saída da área de estágios, onde o físico dos alunos é exigido ao extremo.
Os que não desistem e também passam por esta fase, estão aptos a próxima fase onde saltam quatro vezes de aeronave militar, sendo o último salto em missão específica de adestramento, onde após o assalto aeroterrestre e simulação de ataque as forças inimigas, fazem uma marcha de combate que pode chegar a até 150 km, carregando todo o equipamento e armamento que pesam em média 60 kg ou mais. Esta marcha é feita sempre em terreno íngreme como as serras e montanhas do Estado do Rio de Janeiro.
O Pico da Pedra Branca e as Serras do Mendanha, de Madureira, do Marapicu, da Bocaina, o Campo de Instrução de Gericinó, o Campo de Provas da Marambaia, a Área de Instrução Coronel Ururaí, que fica dentro da área de aquartelamento das unidades da Brigada de Infantaria paraquedista e o Campo de Instrução do Camboatá, que pertence à área de aquartelamento do Centro de Instrução de Operações Especiais, são os locais preferidos para todas as fases de treinamento dos paraquedistas no Rio de Janeiro. Os que concluem todas as etapas, recebem no final da marcha de combate, a boina bordô e o boot marrom, característicos do paraquedista militar brasileiro, e em cerimônia específica, recebem o brevê de paraquedista militar do Exército Brasileiro.
Tanto militares de carreira do Exército Brasileiro, quanto jovens voluntários de todo o Brasil têm participado da seleção para tornarem-se paraquedistas do Exército Brasileiro.
Curso de mestre de salto
Também ministrado pelo Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil, este curso qualifica oficiais, aspirantes-a-oficial, subtenentes e sargentos de carreira já concludentes do curso de paraquedista militar a lançar as tropas paraquedistas através de salto semi-automático em zona de lançamento, também são ensinadas técnicas para solução de alterações no salto, como no caso de um paraquedista ficar preso à aeronave por ocasião do salto, o militar se torna especialista na parte interna do avião.
Curso de precursor paraquedista
Considerado ainda mais difícil de ser concluído do que o curso de paraquedista militar, este curso habilita oficiais, aspirantes-a-oficial, subtenentes e sargentos de carreira já concludentes do curso de paraquedista militar a servirem na Companhia de Precursores Paraquedista, o militar aprende técnicas especiais de combate, de salto livre operacional, lançamento de equipes de precursores, infiltração em território hostil pré e pós assalto aeroterrestre aliado, e a identificar e balizar zonas de lançamento de paraquedistas, informar posições inimigas para bombardeio, dentre outras coisas. O concludente deste curso também torna-se mestre de salto, pois o curso de mestre de salto é um nível do curso de Precursor Paraquedista. Também é ministrado no Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil.
Os cabos e soldados voluntários a servir na Companhia de Precursores Paraquedista são militares que passam por um criterioso processo de seleção antes e durante a incorporação na unidade, apenas militares já paraquedistas e com um ano ou mais na Força Terrestre, podem tentar pleitear uma vaga na unidade, e são brevetados precursores após concluírem o curso de formação específico para cabos e soldados, que tem duração aproximada de três meses, que explora ao máximo o caráter prático das instruções, sem exigir no entanto aspectos ligados ao planejamento operacional.
Estágio de salto livre
Capacita militares já concludentes do curso de paraquedista militar a realizarem salto livre operacional armado e equipado.
Estágio de mestre de salto livre
Capacita oficiais, aspirantes-a-oficial, subtentes e sargentos de carreira já concludentes do curso de salto livre a lançarem equipes de salto livre em missões de demonstração ou de emprego militar.
Curso de dobragem e manutenção de paraquedas e suprimento pelo ar.
Capacita oficiais, aspirantes-a-oficial, subtentes e sargentos de carreira já concludentes do curso de paraquedista militar a integrarem o Batalhão de Dobragem e Manutenção de Paraquedas e Suprimento pelo Ar. Somente podem fazer este curso militares do Serviço de Intendência.
Estágio de operações na selva
Ministrado pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva do Comando Militar da Amazônia, aos militares do 25º, 26º e 27º Batalhões de Infantaria paraquedista, e da Companhia de Precursores paraquedista, habilitando-os a operar neste tipo de ambiente que forma 60% do território nacional.
Estágio de operações em montanha
Ministrado pelo 11º Batalhão de Infantaria de Montanha aos militares do 25º, 26º e 27º Batalhões de Infantaria paraquedista e à Companhia de Precursores paraquedistas, habilitando-os com as peculiaridades de guerra neste tipo de ambiente, aprendendo diversas técnicas de montanhismo com ou sem equipamentos.
Estágio de operações na caatinga
Estágio de elite ministrado pelo Centro de Instrução de Operações na Caatinga, subunidade do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado (Batalhão de caatinga), aos militares do 25º, 26º e 27º Batalhões de Infantaria paraquedista e da Companhia de Precursores paraquedistas, aprendem técnicas de combate especificas para caatinga, ambiente de extrema escasses de recursos naturais que só existe no Brasil.
Estágio de operações no pantanal
Estágio de elite ministrado pelo Centro de Instrução de Operações no Pantanal, subunidade do 17º Batalhão de Fronteira, capacita os militares do 25º, 26º e 27º Batalhões de Infantaria paraquedista e à Companhia de Precursores paraquedistas, a combater neste tipo de ambiente, de grandes zonas alagadas, que também existe em diversas outras partes do mundo.
Curso de resgate
Ministrada aos integrantes do Destacamento de Saúde paraquedista, é ministrado pelo Centro de Instrução paraquedista General Penha Brasil, onde se aprende técnicas especiais de busca e salvamento em ambientes de difícil acesso com doutrina C-SAR.
Integração com as forças co-irmãs
Além da integração óbvia com a Força Aérea Brasileira, devido a natureza de suas atividades, a Brigada de Infantaria paraquedista, também mantêm vínculos com a Marinha do Brasil, mais especificamente com o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais(BOpFN), que enviam todos os anos, fuzileiros navais formados, porém iniciantes do Curso de Guerra Anfíbia (Comandos Anfíbios), elite do Corpo de Fuzileiros Navais, para se formarem no curso de paraquedista militar, sendo este último a primeira fase para se concluir o curso de comandos anfibios, assim como acontece com o curso de ações de comandos do Exército. Também enviam seus efetivos o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), tropa de elite da Infantaria da Aeronáutica, para formar recursos humanos aptos a se lançarem de paraquedas e conseqüentemente poderem realizar operações especiais de comandos e resgates em ambientes de dificil acesso. Também são ministrados outros cursos essenciais a natureza das atividades destas instituições, como o curso de Precursor paraquedista, Mestre de Salto e Dobragem e Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo Ar.
Organizações militares subordinadas
Comando da Brigada de Infantaria Paraquedista
Responsável pelas questões administrativas e planejamento operacional da Brigada Paraquedista.
26º Batalhão de Infantaria Paraquedista - Força Tarefa Santos Dumont
Unidade considerada elite, porque é a unidade mais operacional da Brigada de Infantaria Paraquedista. Núcleo da Força Tarefa Santos Dumont, constituído de três Companhias de Fuzileiros Paraquedistas, especializadas através de estágios em diferentes unidades de instrução do Exército Brasileiro, em combate na selva, pantanal, montanha e caatinga, uma Companhia de Comando e Apoio Paraquedista e uma Base Administrativa; e tem como missão principal, ficar em condições de, mediante ordem do Comando Superior de Exército ser empregada no mais curto prazo em território inimigo através de infiltração lançados com paraquedas ou por vias terrestres. Capacitada por grande mobilidade estratégica a FT Santos Dumont tem condições de atuar isoladamente graças as diferentes armas e serviços que dispõe, apoiada pela 5ª Força Aérea de Transporta Aéreo, Grande Unidade da Força Aérea Brasileira, apta as operações conjuntas com a Bda Inf Pqdt.
25º Batalhão de Infantaria paraquedista
O 25º B.I. PQDT é denominado Berço da formação paraquedista. A unidade tem sua formação como uma das mais rusticas(duras) da Brigada paraquedista. Missão principal: A conquista do território inimigo através do assalto aeroterrestre, também tem como principais meios de manobra, 05 (cinco) subunidades, a saber: 1ª, 2ª e 3ª Companhias de Fuzileiros paraquedistas, uma Companhia de Comando e Apoio paraquedista e a Base Administrativa paraquedista.
27º Batalhão de Infantaria paraquedista
Missão principal: a conquista do território inimigo através do assalto aeroterrestre, também tem como principais meios de manobra, três Companhias de Fuzileiros paraquedistas e uma Companhia de Comando e Apoio paraquedista.
Companhia de Precursores paraquedista
Unidade altamente adestrada que cumpre missões de infiltração pré e pós-assalto para reconhecimento, balizamento de zonas de lançamento de paraquedistas, de pouso de aviões e helicópteros em ambiente de combate e também realiza operações especiais por meio de saltos livres ou semi-automáticos em ambiente terrestre ou aquático, servindo como observadores avançados para caças bombardeiros ou unidades de Artilharia. Os militares integrantes desta unidade, além do curso de elite de paraquedista Militar também são concludentes do Curso de elite de Precursor paraquedista, ministrado pelo Centro de Instrução paraquedista General Penha Brasil.
1º Esquadrão de Cavalaria paraquedista
Na fase inicial de assalto aeroterrestre cumpre missões de segurança da Zona de Salto. Posteriormente, com o desenvolvimento de operações pela Bda Inf Pqd, tem por missões principais: reconhecimento do terreno inimigo, coleta de informações, observação e acompanhamento de tropas inimigas, combate de retardo de unidades oponentes,segurança e cobertura de unidades da Brigada, e proteção de ofensivas. As ações do 1º Esq C Pqd são desenvolvidas com emprego de veículos motorizados e motocicletas, também lançados de paraquedas.
Companhia de Comando da Brigada de Infantaria paraquedista
Missão principal : fazer a segurança do comandante, estado-maior e dos escalões superiores da Brigada de Infantaria paraquedista.
8º Grupo de Artilharia paraquedista
Missão principal: apoiar com fogos de artilharia as demais unidades paraquedistas em missões ofensivas ou defensivas
21ª Bateria de Artilharia Antiaérea paraquedista
Missão Principal: fazer a defesa antiaérea da Brigada de Infantaria paraquedista
1ª Companhia de Engenharia de Combate paraquedista
Missões principais: instalar e desinstalar minas terrestres para defensiva ou ofensiva das tropas paraquedistas, purificar águas, construir pontes provisórias e etc. São especialistas em petardos e em todos os tipos de explosivos. Apoiar a Brigada de Infantaria Paraquedista, com 01 Pel E Cmb ( Pelotão de Engenharia de Combate) por FT ( Força Tarefa ), com as missões típicas de Reconhecimento de Engenharia, Manutenção de estradas, Pontes, Instalações, Assistência técnica e Apoio geral de Engenharia. Podendo prestar tais apoios das seguintes formas: Apoio Direto - prestado às OM que não possuem Engenharia em seu Q.O ( Quadro de Organização); Apoio ao Conjunto - em prol de toda a Brigada, e ao Comando dela, como construções, de P.O, manutenção da rede mínima de estradas, no que couber, pelo tempo e material disponível e Apoio Suplementar - Específico, onde é estabelecido pelo Escalão Superior ( a Divisão de Exército ), um Limite Avançado de Trabalho ( LAT ), onde a partir dali os Apoios passam a ser a cargo da D.E e o de área, que também é cargo da Divisão.
20ª Companhia de Comunicações paraquedista
Missão principal: estabelecer as comunicações com equipamentos modernos ou improvisados entre os vários escalões da Brigada de Infantaria paraquedista.
36º Pelotão de Polícia do Exército paraquedista
Missão Principal: em tempos de guerra, escoltar e manter aprisionados os prisioneiros de guerra, inclusive confeccionando campos improvisados de prisioneiros camuflados na selva, e em tempos de paz, balizar o trânsito por ocasião de eventos de interesse do Exército Brasileiro e também escoltar comboios de armamento, equipamentos e presos militares, e cumprir mandatos de prisão expedidos pela Justiça Militar.
Batalhão de Dobragem e Manutenção de paraquedas e Suprimentos pelo Ar
Missão principal: Apoio logístico lançado de paraquedas as demais unidades paraquedistas em campanha e conservação e reparo dos paraquedas em tempos de paz.
20º Batalhão Logístico paraquedista
Missão principal: Realizar o reabastecimento aéreo de qualquer classe de até 500 lb, e prestar apoio de manutenção de 3º Escalão de Material Bélico (motomecanização e armamento), de Comunicações e Eletrônica, de Saúde, Transporte e Evacuação;
Destacamento de Saúde paraquedista
Missão: proporcionar o Serviço de Saúde em campanha as demais unidades paraquedistas e cumprir missões de resgate do tipo C-SAR, para resgatar paraquedistas que tenham sido lançados fora da zona de lançamento. Os militares que servem nesta unidade também são concludentes do Curso de Resgate, ministrado pelo Centro de Instrução paraquedista General Penha Brasil.
Centro de Instrução paraquedista General Penha Brasil
Missão: ministrar cursos e estágios militares para especialização paraquedista aos recursos humanos da Brigada de Infantaria paraquedista e demais integrantes do Exército Brasileiro, mas especificamente do 1º Batalhão de Forças Especiais e do 1º Batalhão de Ações de Comandos oriundos da Brigada de Operações Especiais, também forma militares da Marinha do Brasil, mas especificamente do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais e da Força Aérea Brasileira, que envia militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PÁRA-SAR). Anualmente também recebe dezenas de militares de países como Estados Unidos, França, Portugal, Argentina, Venezuela, Chile, Peru, Colômbia, Guiana, entre outros, que vem aqui formar-se e especializar-se.
Seção de Salto Livre
Missão principal: desenvolver técnicas paraquedistas para serem incorporadas à doutrina da Brigada de Infantaria paraquedista, realizar saltos livres em eventos ou torneios nacionais e internacionais, divulgando assim o nome e o profissionalismo do Exército Brasileiro.
Aeronaves
Atualmente encontra-se em fase de implantação, um projeto ambicioso, a construção no Brasil de uma aeronave de carga e transporte de tropas, a aeronave já tem nome, Embraer KC-390 e já é considerada a maior e mais moderna aeronave da categoria, será equipada com sistema antimísseis e ao invés de motores turbo hélices será movido por motores à jato (popularmente conhecidos como turbinas), a construção está a cargo da Embraer, que encabeça o projeto, em parceria com a Força Aérea Brasileira, esta será a nova aeronave utilizada pela V Força Aérea, grande unidade da Força Aérea Brasileira que além de outras missões, transporta as tropas paraquedistas brasileiras em missões no Brasil ou exterior. Este será portanto o novo meio de transporte para o assalto aeroterrestre da Brigada de Infantaria Paraquedista, até a substituição por esta aeronave, a Brigada de Infantaria Paraquedista é transportada em aeronaves reconhecidas internacionalmente por sua eficiência.
são elas:
C-130 Hércules;
C-105 Amazonas;
C-95 Bandeirante.
Lema e grito de guerra da Brigada de Infantaria paraquedista
Brasil! Acima de tudo! (Primeira tropa do Brasil a utilizar tal lema).
Oração do combatente paraquedista
Dai-me Senhor meu Deus, o que Vos resta;
Aquilo que ninguém Vos pede.
Não Vos peço o repouso nem a tranqüilidade,
Nem da alma nem do corpo.
Não Vos peço a riqueza nem o êxito nem a saúde;
Tantos Vos pedem isso, meu Deus,
Que já não Vos deve sobrar para dar.
Dai-me Senhor o que Vos resta,
Dai-me aquilo que todos recusam.
Quero a insegurança e a inquietação
Quero a luta e a tormenta
Dai-me isso, meu Deus, definitivamente
Dai-me a certeza de que essa será a minha parte para sempre
Porque nem sempre terei a coragem de Vo-la pedir.
Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que os outros não querem;
Mas dai-me, também, a coragem, a força e a fé”
Oração encontrada no bolso do aspirante paraquedista ZIRNHELD morto em combate atrás das linhas inimigas no Norte de África
Fuzileiro paraquedista
Se algum dia a intervenção física prevalecer sobre a palavra
A capacidade operante vier ser fundamental
A rapidez e agressividade, sobrepor-se a razão
A inconsequência, determinação e vontade de se cumprir a missão
Seja ela em qualquer lugar
De qualquer maneira
A qualquer hora
Mesmo que nossas vidas sejam sacrificadas,
Porque temos o Brasil acima de tudo
Estamos prontos !
Fuzileiros paraqueditas nós somos.
O Eterno Desconhecido
“ O Eterno Desconhecido"
Quem és?
Quem és tu que cavalgando nuvens
satisfazes um ideal frustrado?
Quem és?
Quem és tu que vibras uníssono com o éter,
ao te arrojares, caindo docemente como amparado pelas asas de um arcanjo, do corcel alado tonitroante em motores para enfrentar o silêncio vazio do desconhecido?
Quem és tu que vibras uníssono com o éter,
ao te arrojares, caindo docemente como amparado pelas asas de um arcanjo, do corcel alado tonitroante em motores para enfrentar o silêncio vazio do desconhecido?
Quem és?
Serás um deus ou um demônio?
Serás um louco ou um homem?
Quem és tu que enfrenta o turbilhão de complexos,
que pululam em teu inconsciente,
lutando contra a tua personalidade,
gladiando-se na incógnita vazia e silenciosa do teu ser?
Serás um deus ou um demônio?
Serás um louco ou um homem?
Serás um deus ou um demônio?
Serás um louco ou um homem?
Quem és tu que enfrenta o turbilhão de complexos,
que pululam em teu inconsciente,
lutando contra a tua personalidade,
gladiando-se na incógnita vazia e silenciosa do teu ser?
Serás um deus ou um demônio?
Serás um louco ou um homem?
Quem és?
De onde vieste? De que vives?
Com que sonhas? Para onde vais?
És tu um deus ao sentir a brisa acariciante do espaço,
roçando-te as faces plácidas e viris
enquanto, lá do alto, vislumbra um mundo tão pequeno ao teus pés de gigante?
Ou serás tu um demônio ao dominares, lá da imensidão dos céus, dando evasão ao teus recalques, sentindo-se dominador, desejando que tudo aquilo se acabasse, para que teu vôo se tornasse eterno... infinito?
Que estranho ventre gerou tão etéreo ser?
Será que em ti a genética se confunde na partogênese cromossomática
em cruzamentos híbridos de espécies desconhecidas?
Complexa gênese é a tua,
Descende de Deus para os teus companheiros;
Nasceste de um demônio, confabulam os inimigos;
Para os covardes sem ideal, foste gerado de um louco
Tua esposa e tua prole, sabem-te homem.
Tu és a simbiosa perfeita de Deus, louco, demônio e homem,
alimentada pelo que vai e verdadeiramente existe no recôndito mais profundo de teu ego... e superego...
És um paraquedista;
És um demônio com uma parcela de louco,
És um homem com o espírito de Deus.
De onde vieste? De que vives?
Com que sonhas? Para onde vais?
És tu um deus ao sentir a brisa acariciante do espaço,
roçando-te as faces plácidas e viris
enquanto, lá do alto, vislumbra um mundo tão pequeno ao teus pés de gigante?
Ou serás tu um demônio ao dominares, lá da imensidão dos céus, dando evasão ao teus recalques, sentindo-se dominador, desejando que tudo aquilo se acabasse, para que teu vôo se tornasse eterno... infinito?
Que estranho ventre gerou tão etéreo ser?
Será que em ti a genética se confunde na partogênese cromossomática
em cruzamentos híbridos de espécies desconhecidas?
Complexa gênese é a tua,
Descende de Deus para os teus companheiros;
Nasceste de um demônio, confabulam os inimigos;
Para os covardes sem ideal, foste gerado de um louco
Tua esposa e tua prole, sabem-te homem.
Tu és a simbiosa perfeita de Deus, louco, demônio e homem,
alimentada pelo que vai e verdadeiramente existe no recôndito mais profundo de teu ego... e superego...
És um paraquedista;
És um demônio com uma parcela de louco,
És um homem com o espírito de Deus.
Comentários: