Pistola Taurus PT-57 e suas Variações
As empresas Taurus, contando com sua subsidiária Taurus Armas, é hoje, reconhecidamente, uma das maiores fabricantes de armas do mundo, exportando para mais de 70 países e com fábrica no Brasil e nos USA. Começou suas atividades, timidamente, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, ha quase 70 anos atrás. Produziu seu primeiro revólver no ano de 1941, o qual incorporava soluções das armas similares da época, como os revólveres da Colt, Smith & Wesson e alguns outros de fabricação espanhola, comuns por aqui na época. Este primeiro modelo, um revólver calibre 38 SPL de 6 tiros, foi denominado de modelo 38101SO.
Em 1974, a Pietro Beretta, a mais antiga fabricante de armas no mundo, ainda em atividade, ganhou um importante contrato com o governo para o fornecimento das recém adotadas pistolas M975, e esse contrato incluía uma fábrica brasileira contando com mão de obra local, o que foi levado à cabo em São Paulo. Até 1980, a Beretta forneceu cerca de 40.000 pistolas para as Forças Armadas Brasileiras, mas, com o término desse contrato, em 30 de junho de 1980, vendeu todas suas operações no Brasil para a Taurus, processo que incluiu desde desenhos, ferramental, maquinários e uma mão de obra já especializada. A razão social dessa nova empresa passou a ser Taurus S/A Armas Militares e Civis. A Taurus passou, então, a ser a fornecedora exclusiva das pistolas M975 para o Exército. Esta arma é, na verdade, a mesma pistola Beretta mod. 92 adotada pelo governo Norte-Americano, chamada militarmente de M9, em substituição às Colt modelo 1911, em calibre 45 ACP.
Em 04 de Abril de 1982, pegando um gancho no projeto da PT-92 e também da PT-99, a Taurus, que já se beneficiava da tecnologia da Beretta na produção das pequenas versões atualizadas das antigas Beretta mod. 950 nos calibres 22 curto (Short) e 6,35mm Browning, resolve lançar uma pistola semi-automática em calibre 7,65mm Browning, até então sem similar no mercado nacional. A primeira pistola PT-57 produzida levou o número de série J00101.
Nesta oportunidade, o calibre 7,65mm Browning, também chamado de .32 AUTO, era o maior calibre permitido no país para uso neste tipo de arma. Posteriormente a legislação alterou este limite até o calibre 9mm Browning Curto, ou como é mais conhecido, o 380 ACP (Portaria Nº 1.237 de 01 de dezembro de 1987, do Exército Brasileiro). Assim, na ocasião, a PT-57 S (Standard) e as pequenas pistolas 6,35mm e 22, derivadas do projeto Beretta, tornaram-se as únicas opções em pistolas semi-automáticas, com utilização permitida aos civis.

Um dos primeiros modelos da PT-57-S, que eram dotados de placas de empunhadura confeccionadas em madeira de lei, com acabamento liso encerado. (foto do autor)
Como a nova PT-57 seguia basicamente o mesmo projeto da PT-92, resultou em uma arma avantajada para o calibre, o que vai diretamente na contra-mão de uma das poucas vantagens do calibre 7,65mm, que é a de permitir armas leves, de pequeno porte, facilmente transportadas e dissimuladas. A PT-57, entretanto, passa bem longe disso pois manteve a mesma estrutura “large-frame” da sua originária PT-92. Manteve-se, nesse novo projeto, a armação feita em alumínio ASTM7075 (Ergal), com o ferrolho fabricado em aço forjado SAE4140.
Por outro lado, em relação à maioria das pistolas deste calibre encontradas por aqui na época, como as americanas Colt 1903, a belga FN Browning 1910 e as alemãs Mauser e Walther PP e PPK, ela tinha a vantagem do poder de fogo maior, visto que seu carregador bifilar comportava 13 cartuchos, contra os 8, em média, da maioria das concorrentes. Outra grande vantagem era que, devido ao seu porte, tinha excelente empunhadura, muito mais anatômica e ideal para “mãos grandes”, facilitando o manuseio e precisão de tiro.
A pistola utiliza o sistema de “dupla-ação”, ou seja, estando o cão desengatilhado, pode ser disparada somente com o acionamento do gatilho. Tal ação é um pouco pesada e de curso longo, tanto ou mais que um revólver comum, mas é necessária somente para o primeiro disparo. Depois dele, a arma dispara em ação simples, com uma pressão do gatilho bem mais suave, apesar de que a tecla do mesmo fica posicionada bem mais para trás. O sistema de dupla-ação em pistolas semi-automáticas é muito vantajoso, uma vez que se pode portar a arma em razoável segurança, com uma munição na camara e o cão baixado. No caso de uso emergencial, não é necessário se armar o cão manualmente. A PT-57 possui capacidade de 13 cartuchos em seu carregador bifilar, fabricado em chapa estampada e soldado a ponto, e que, a bem da verdade, é difícil e duro de ser carregado após a inserção de cerca de 10 cartuchos.
(Foto) O carregador é em acabamento oxidado e possui tres orifícios numerados 4, 9 e 13, que facilitam a visualização da quantidade de munição existente.
A PT-57S é uma arma que usa o sistema de fechamento de massa inercial (blow-back), ou seja, não utiliza uma trava de culatra e/ou curto recuo de cano, como ocorre com a mais potente PT-92. O relativamente fraco cartucho 7,65mm, ainda mais perante uma arma de tamanha robustez, por si só, elimina esse tipo de preocupação e barateia o projeto. Portanto, o cano é fixo e somente a força da mola recuperadora mantém o ferrolho em sua posição inicial. Os primeiros exemplares da arma já demonstravam um esmerado acabamento.
O ferrolho, em aço, possui acabamento oxidado brilhante; o cano possui acabamento oxidado fosco. A armação, que é feita em alumínio, recebe uma dosagem harmoniosa de acabamento anodizado alternando entre fosco e brilhante. A tecla do gatilho é lisa mas a parte frontal e traseira da empunhadura é ranhurada no sentido vertical, em muito bom relevo, que oferece uma excelente “pegada”. O serrilhado na parte superior do cão é também bastante firme, auxiliando o desengatilhar da arma em segurança. O posicionamento do botão retém do carregador foi muito criticado na época, pois é virtualmente impossível de se expulsar o carregador com uma só das mãos. Fica localizado na parte inferior da empunhadura, do lado esquerdo da arma.
Lado direito da PT-57 -S: este modelo ainda não possuía a trava de segurança deste lado. O pequeno botão ovalado, acima do guarda-mato, é utilizado para a desmontagem parcial da arma.
Posteriormente, a Taurus corrigiu essa falha mudando o botão para a posição mais universalmente adotada, na parte porterior do guarda-mato, acionado facilmente pelo polegar. A pistola possui uma trava de segurança, posicionada na parte traseira da armação, só do lado esquerdo, mas facilmente alternada de posição com o uso do polegar. Um ponto vermelho no ferrolho alerta para a posição destravada. Com o cão em repouso, essa trava evita a abertura do ferrolho e evita que o gatilho seja acionado. Quando a trava é acionada com a arma engatilhada, evita o disparo da arma em “ação-simples”. A PT57 não possui sistema “decocker”, que desarma o cão automaticamente quando a segurança é acionada.
Aqui vemos a PT-57 S com o ferrolho aberto, posição que assume automaticamente após o último disparo. Note a tecla lateral na posição levantada, que mantém o ferrolho aberto. Após a inserção de um novo carregador, é necessária uma pressão para baixo, utilizando-se o polegar, para liberar o ferrolho. (foto do autor).
Inusitadamente para a grande maioria das pistolas neste calibre, destinadas ao uso civil, a PT-57 possui um dispositivo para manter o ferrolho aberto (hold-open) no caso de ter sido disparado o último cartucho, o que facilita muito para se colocar a arma rapidamente em uso, somente com a inserção de um carregador municiado e pressionando essa tecla para baixo para se fechar o ferrolho.
A pistola em sua desmontagem parcial, processo muito simples e rápido. De cima para baixo, ferrolho, armação, cano, mola recuperadora, guia da mola e carregador. O cano se encaixa na armação através de ranhuras laterais e o guia da mola recuperadora auxilia na remontagem. (foto do autor)
A desmontagem da arma é simples. Retira-se o carregador, pressiona-se um ressalto do lado direito da arma, logo à frente do guarda-mato e, ao mesmo tempo, gira-se para baixo a pequena tecla do lado esquerdo, acima do guarda-mato. Segura-se firmemente o ferrolho e alivia-se a pressão exercida pela mola recuperadora; retira-se então pela frente o conjunto cano, ferrolho e mola recuperadora, deslizando-o para fora da armação. Cuidado para não deixar escapar a mola e sua guia, ainda presa através de um ressalto sob o cano. A seguir, com cuidado solta-se a mola de seu encaixe e em seguida retira-se o cano de seu alojamento no ferrolho. Veja a sequencia de desmontagem nas fotos abaixo.
A mola recuperadora e seu guia, presos pela pressão da mola em um encaixe abaixo do cano. Essa posição tem que ser refeita antes da remontagem da arma .
Atirar com a PT-57, mesmo com essa versão que não dispõe de alça de mira regulável, é um prazer. O recuo é mínimo, em virtude do peso e da excelente empunhadura, o gatilho é macio e a precisão é muito boa. Em uma sequencia de tiros rápidos, isso ajuda a manter um bom grupamento de impactos no alvo. A alça de mira fixa da PT-57S é ajustada na fábrica em uma regulagem que tende a elevar um pouco a trajetória, em aproximadamente 15 cm, à distância de 25 metros. Portanto, a essa distância deve-se mirar cerca de 15 cm abaixo do centro do alvo. Para os amantes da recarga, em virtude da alta resistência desta arma em relação ao seu calibre, podemos, dentro de uma margem de segurança, tomar a liberdade de se efetuar recargas um pouco mais potentes do que a utilizada pelo fabricante CBC.
Há inclusive casos conhecidos de transformações efetuadas na PT-57 para se utilizar o cartucho .380ACP, como uma espécie de “fake” PT-58. Na verdade, com a simples troca do cano e mantendo-se o mesmo carregador, pode-se utilizar cartuchos .380ACP. Cabe lembrar, entretanto, que esta transformação é ilegal, a menos que a arma seja devidamente recadastrada ou tenha seus dados devidamente informados e alterados nos órgãos competentes.
Detalhe da parte traseira da armação, onde se pode ver o grande extrator e, sobressaindo-se da parte superior da tala, o dispositivo desconector do gatilho, peça que evita que a arma seja disparada com o ferrolho parcialmente aberto e que permite, também, o reengatilhamento do cão mesmo com o gatilho esteja pressionado. (foto do autor).
Na mesma época, a Taurus lançou uma versão, denominada de PT-57 TA, voltada aos atiradores esportivos, dotada de alça de mira com regulagem micrométrica e com uma alteração na pressão de gatilho, um pouco mais leve que a existente no modelo normal.
Vista em Raios-X da PT-57 (Taurus Armas)
A Taurus PT-57S AMF, modelo posterior à PT-57S, lançada em 1984, com a mudança do botão ejetor do carregador para perto do guarda-mato e ainda mantendo as talas em madeira lisa.
Durante os primeiros anos de produção a Taurus produziu em suas próprias instalações um coldre confeccionado em couro, produto muito bem acabado e com alta qualidade de materiais empregados. Esse coldre era vendido separadamente da arma mas consta que alguns logistas o ofereciam até como brinde aos clientes que adquirissem a arma.
Acima, o coldre produzido pela Taurus especificamente para a PT-57, fotos cedidas gentilmente pelo leitor E. Tamberg, que adverte para o fato de ter sido projetado com o gatilho exposto, comprometendo a segurança. Porém, a alça superior que mantém a arma fixa, abraça o cão com firmeza, o que impediria da arma ser disparada dentro do coldre.
Resumindo, apesar de ter sido substituída pelas pouco mais potentes e menores pistolas em calibre .380, como é o caso da sucessora PT-58, a PT-57 ainda é uma interessante opção para amantes do tiro, não sendo, entretanto, uma arma ideal para defesa. O calibre 7,65mm Browning, apesar de ter sido utilizado largamente, pelo menos na Europa, em forças policiais e até militarmente, não é um calibre com suficiente “poder de parada”. A bem da verdade, nem mesmo seu irmão maior, o .380ACP, representa muita mudança neste sentido. Balisticamente falando, em termos de potência efetiva, a diferença entre os dois cartuchos é pequena. Mas, como hoje a lei permite o uso do .380ACP, incluindo-o na lista de calibres permitidos para uso civil, nada mais justo que ele tenha maior preferência no mercado, o que levou a Taurus a retirar a PT-57 da sua linha de produção.
Mesmo assim, como um recurso para prolongar um pouco mais a vida da arma, em 1987 a Taurus lança o modelo PT-57SC, cujo cano passou de 117 mm a 102 mm de comprimento e redução substancial no peso e no tamanho da arma. Com essas mudanças, a pistola passou a ostentar um porte bem mais condizente com o seu calibre, abandonando o tamanho original, oriundo da pistola PT-92 em calibre 9mm Parabellum.
Sòmente visando o mercado de exportação, principalmente na Europa, a Taurus ainda manteve uma versão da PT-57 com as mesmas características encontradas nos modelos recentes da PT-58, cuja fotografia se vê acima, o modelo PT-57 SC. A arma foi reduzida em tamanho, tanto na empunhadura como no comprimento do cano; o botão de extração do carregador passou a ser posicionado perto do gatilho; foi implementado o sistema denominado “decocking” (que desarma o cão de forma segura, mesmo com munição na câmara), a trava de segurança agora é ambi-destra, mudanças que resultaram em uma pistola bem mais condizente com o calibre, elegante e leve. Na verdade, a variante SC já foi produzida anteriormente, para venda local, como uma alternativa menor e mais leve à variante S.
Acima (foto do autor), vemos o modelo SC (embaixo) e o modelo S (em cima). Ambas eram fornecidas com talas de madeira lisa, substituídas posteriormente por talas em plástico. Note o menor comprimento da empunhadura da SC, mas o carregador vem com prolongador, o que mantém a mesma capacidade da S. Além de cano e ferrolho, o guarda-mato também foi diminuído bem como o gatilho, para deixar a pistola mais estéticamente aceitável.
Veja acima as diferenças de dimensões dos carregadores: Na figura da esquerda, acima está a PT57S e embaixo a SC. A largura do carregador é a mesma mas a profundidade é bem menor.
Na figura acima, os dois carregadores lado a lado, o da PT57SC em cima e da PT57S embaixo. Note o prolongador plástico no carregador da SC, o que lhe dá a mesma capacidade do usado na 57S.
Acima, vista explodida da PT-57 (Taurus Armas)
PEÇA Nº NOMENCLATURA
1 MOLA DO CARREGADOR
2 CHAPA DA MOLA DO CARREGADOR
3 FUNDO DO CARREGADOR
4 CANO
5 FERROLHO
6 MOLA RECUPERADO
7 SUB CONJ. DA GUIA DA MOLA RECUPERADORA
8 EXTRATOR
9 PINO DO EXTRATOR
10 MOLA DO EXTRATOR
11 VÉRTICE DE MIRA
12 PERCUSSOR
13 MOLA DO PERCUSSOR
14 ARMAÇÃO
15 ALAVANCA DE DESMONTAGEM
16 RETEM DA ALAVANCA DE DESMONTAGEM
17 MOLA DO RETEM DA ALAVANCA DE DESMONTAGEM
18 RETEM DO FERROLHO
19 MOLA DO RETEM DO FERROLHO
20 GATILHO
21 EIXO DO GATILHO
22 MOLA DO GATILHO
23 TIRANTE DO GATILHO
24 MOLA DO TIRANTE DO GATILHO
25 REGISTRO DE SEGURANÇA
26 PINO DO REGISTRO DE SEGURANÇA
27 MERGULHADOR DO REGISTRO DE SEGURANÇA
28 MOLA DO MERGULHADOR DO REGISTRO DE SEGURANÇA
29 EJETOR
30 PINO DE EJETOR
31 BUCHA DO CÃO
32 CÃO
33 EIXO DO CÃO
34 GUIA DA MOLA DO CÃO
35 MOLA DO CÃO
36 APOIO DA MOLA DO CÃO
37 PINO DO APOIO DA MOLA DO CÃO
38 EIXO DA ARMADILHA
39 MOLA DA ARMADILHA
40 ARMADILHA
41 RETEM DO CARREGADOR
42 MOLA DO RETEM DO CARREDADOR
43 BOTÃO DO RETEM DO CARREGADOR
44 PINO DO ESTOJO DO RETEM DO CARREGADOR
45 BUCHA DA PLACA DE PUNHO
46 PARAFUSO DA PLACA DE PUNHO
47 PLACA DE PUNHO ESQUERDO
48 PLACA DE PUNHO DIREITO
49 CARREGADOR
50 SUB CONJ. DO TRANSPORTADOR
As características básicas desta arma são as seguintes:
Sistema de dupla-ação, “blow-back”, cano fixo, calibre 7,65mm Browning (.32 AUTO ou ACP), capacidade de 13 cartuchos no carregador, comprimento de 200mm, peso desmuniciada de 0,980Kg, cano com 6 raias à esquerda, massa e alça de mira fixas, alça de mira regulável opcional no modelo TA , percussor a lance inercial (evita disparos acidentais mesmo em caso de impactos diretos sobre o cão) e trava de segurança bloqueando disparo mais o ferrolho, na posição fechada. Foi descontinuada e substituída por modelos similares, como a PT-58, mas em calibre .380 ACP.
Códigos utilizados nas pistolas Taurus: Segue tabela de códigos e datas de fabricação adotados pela Taurus a partir de 1987:
A partir de 1987 as pistolas da TAURUS contam com numeração de série alfanumérica, composta de três letras e seguidas de cinco algarismos, conforme nos informa o livro “Taurus, Uma Garantia de Segurança”, do autor Domingos Tochetto e João Alberto Weingaertner. A primeira letra indica o calibre, a segunda, o ano de fabricação e a terceira, o mês de fabricação de cada pistola. O mesmo sistema foi adotado para numeração dos revólveres.
As letras que indicam o calibre são:
Axy – calibre 22 LR
Dxy – calibre 6,35 mm
Fxy – calibre 7,65 mm
Gxy – calibre 380 ACP
Txy – calibre 9 mm Luger
Kxy – calibre 380 ACP
Sxy – calibre .40 S&W
onde x se refere ao ano e y se refere ao mes de produção.
O ano de fabricação (x) inicia-se com A (1981) até Z (2006). A partir de 2007, retorna a letra A indo até Z, para 2030. A letra y (mes) inicia em janeiro (A) e vai até dezembro (L), para os anos de 1981 a 2006. Para 2007 até 2009, janeiro é (M) e dezembro é (Y). A partir de 2010 a 2030, janeiro também é M e dezembro é Z.
Atingido o nº 99999 para um mesmo calibre, o serial é reiniciado em 00001, assim como, quando for atingida a última letra do alfabeto, reinicia-se com a letra A. Pela tabela antiga, a letra E equivaleria ao ano de 1985 (1991 seria a letra K). Porém, a Taurus adotou o sistema alfanumérico em pistolas 7,65mm a partir da arma FGJ00001, ou seja, outubro de 1987. Ou seja, antes dessa data, os números seriais possuíam somente uma letra no início.
A tabela a seguir facilita um pouco o reconhecimento da numeração e suas datas:
Pelo fato desse sistema ser alfanumérico, ele se esgota a cada 26 anos (a letra Z equivale a 2006). Portanto, em 2007 voltou-se a utilizar a letra “A” para designar o ano de fabricação. Para evitar repetição dos números em armas produzidas depois de 2007, as letras designativas do mês de fabricação começam com a 13ª letra do alfabeto, ou seja M para janeiro, N para fevereiro, O para março e assim sucessivamente. Portanto, um código serial como FEX, por exemplo, indica como sendo o mês de Novembro de 2011 a fabricação da arma.
Armas destinadas à uso pelas Forças Armadas seguem padrão específico de numeração, com duas letras e cinco dígitos. As duas letras iniciais são EB para Exército, MB para Marinha e MA para a Aeronáutica,
Quanto aos modelos temos o seguinte:
S – standard
C – compacta
TA – tiro ao alvo
A – ambidestra
M – maior capacidade de fogo
F – fire pin block (trava do percutor)
D – desarmador do cão
Dessa forma surgem os conjuntos de gravações mais conhecidas: SS, SC, TA, AF, AMF ou SAMF.
Ex: PT 58 SS, PT 100 AF, etc.
Fonte/Créditos: Armas on-line
Créditos (Imagem de capa): Armas on-line
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