Grupo Especial de Reação - GER (São Paulo)

Um grupo, três equipes e 36 policiais. Na complexa atividade da segurança pública que envolve a proteção da maior cidade do Hemisfério Sul e do centro financeiro do Brasil, o Grupo Especial de Reação (GER) da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP) concentra as mais variadas habilidades que uma unidade de elite deve ter. E reúne os melhores para cumprir essa missão.
Afinal, do policiamento preventivo especializado, suas tarefas passam pelas missões de busca, escolta, apoio a qualquer unidade policial civil ou pública em geral, resgate de reféns, proteção de autoridades, cumprimento de mandados judiciais de alto risco, confronto contra grupos criminosos bem armados e, ainda, as missões de contraterrorismo.
O começo
Apesar de possuir o GARRA em sua estrutura, que já naquela época realizava um policiamento especializado e tático para combater crimes violentos, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) sentia a necessidade de contar com um time de policiais que tivesse treinamento diferenciado, técnicas de operações especiais e armamento e equipamento específico para essa missão.
Alguns integrantes da PCESP tinham feito cursos fora do País, como na SWAT de Miami (EUA). Já outros eram vocacionados para esse tipo de missão. Dessa maneira, a polícia reuniu esses integrantes no Grupo Especial de Resgate, criado em 17 de julho de 1989 através da Resolução nº 52 da Secretaria de Segurança Pública.
Mas diferente de outras unidades, o Grupo somente era reunido em ocasiões que demandavam atuação especializada, como no sequestro do empresário Abílio Diniz em 11 de dezembro de 1989. O GER teve papel fundamental para a libertação de Diniz que permaneceu 36 horas como refém. Cumprida essa missão, os policiais retornaram às suas atividades normais em suas unidades policiais de origem.
Em 23 de abril de 1990 seis instrutores da SWAT de Miami vieram ao Brasil para ministrar um curso ao GER e ao Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), esse da Polícia Militar do Estado de São Paulo. O treinamento foi completo e abrangeu várias técnicas utilizadas em operações especiais.
Nos anos seguintes o GER participou de várias ações com reféns, todas bem-sucedidas e algumas realizadas em apoio a outros Estados.
Nos anos 2000
Em 2011 o GER foi transferido para o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, o DHPP, mas retornou para o DEIC em 2015. Já naquela situação, seu nome foi alterado para Grupo Especial de Reação mantendo a sigla GER e passando a integrar a Divisão de Operações Especiais. Nessa Divisão estão outros dois grupos de elite da PCESP, o Serviço Aerotático, que conta com quatro helicópteros e pilotos e tripulantes especializados na missão policial, e o GARRA. As três unidades passaram a atuar conjuntamente quando necessário, em perfeita sintonia.
“Dependendo da magnitude da operação o GARRA nos auxilia numa eventual incursão ou fazendo o nosso perímetro enquanto nós especificamente realizamos a invasão tática mais próxima. Neste ano nós tivemos uma operação em que as informações indicavam que um grupo de 15 a 30 criminosos explodiriam caixas eletrônicos numa cidade de uma determinada região do interior de São Paulo. Esses criminosos teriam várias opções de fuga uma vez que não tínhamos a localização exata do ataque. O GER atuou com 30 policiais e o GARRA apoiou com mais 20. Os criminosos explodiram os caixas eletrônicos mas conseguimos localizar que eles fugiram para uma enorme fazenda. Assim, nós fizemos a invasão tática na casa da fazenda e o GARRA a segurança do perímetro e o suporte necessário”, explicou o Dr. Artur Dian, supervisor do GER. Sendo um profissional extremamente vocacionado para atividades de operações especiais, Dian tem 23 anos de carreira, possui curso da SWAT em Miami e cursos na Alemanha, Colômbia, Espanha, França e Itália.
Também são feitas missões e treinamentos com o SAT, uma vez que o uso do helicóptero é fundamental e indispensável nas operações especiais.
O GER é uma unidade que permanece aquartelada e de prontidão sendo seus homens acionados em dois tipos de situação. A primeira é para apoiar o DEIC e qualquer unidade da PCESP em operações planejadas após profunda investigação feita pelos setores de inteligência. Neste caso o grupo recebe as informações, faz estudos do local, dimensiona a quantidade de policiais que será necessário empregar, os armamentos e equipamentos a serem usados e demais detalhes fundamentais. Depois, caso necessário, faz treinamentos específicos preparando-se para a operação.
A segunda situação é para atender a uma crise instaurada como uma ocorrência com reféns ou uma ação imediata em que será necessário o apoio do GER em missões de alto risco com criminosos fortemente armados.
O GER, pela sua característica e qualificação dos seus policiais, é constantemente acionado. Mas quando não está atendendo a uma ocorrência, seus policiais estão em treinamento.
A maior parte das ações acontece no período noturno e o GER utiliza exclusivamente viaturas Chevrolet Trailblazer com três policiais. Cada uma das três equipes táticas do GER possui 10 investigadores sendo um deles o encarregado. É interessante notar que as equipes são totalmente autônomas em termos de capacidades, uma vez que entre os seus policiais existem aqueles especializados no uso de explosivos – seja para uma invasão tática ou para desarmar um artefato – e os atiradores de precisão (snipers).
Apenas voluntários
O ingresso no GER é voluntário. O policial precisa ter, no mínimo, cinco anos de experiência na polícia ou no mínimo uma qualificação tática. Seu currículo e ficha são analisados por um conselho do GER. O candidato passa ainda por um teste de aptidão física e de tiro. Caso aceito, inicia então um curso de 40 dias, mas desde o início já integra uma das três equipes.
No treinamento o aluno aprende ou aprimora técnicas de artes marciais, principalmente o muay thai e jiu-jitsu. Aperfeiçoa as técnicas de tiros com armas curtas e longas, aprende a operação em ambiente noturno, invasões táticas, tiros de comprometimento (sniper), invasão tática com explosivo e aprende sobre os equipamentos utilizados pelo GER.
O Grupo busca sempre estudar, entender e aprender com casos reais acontecidos com outras unidades de polícia do Brasil e do mundo além de buscar um aprimoramento constante na questão de táticas, doutrinas e uso de novos equipamentos.
Afinal, para o GER erros não são admitidos.
Afinal, do policiamento preventivo especializado, suas tarefas passam pelas missões de busca, escolta, apoio a qualquer unidade policial civil ou pública em geral, resgate de reféns, proteção de autoridades, cumprimento de mandados judiciais de alto risco, confronto contra grupos criminosos bem armados e, ainda, as missões de contraterrorismo.

O começo
Apesar de possuir o GARRA em sua estrutura, que já naquela época realizava um policiamento especializado e tático para combater crimes violentos, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) sentia a necessidade de contar com um time de policiais que tivesse treinamento diferenciado, técnicas de operações especiais e armamento e equipamento específico para essa missão.
Alguns integrantes da PCESP tinham feito cursos fora do País, como na SWAT de Miami (EUA). Já outros eram vocacionados para esse tipo de missão. Dessa maneira, a polícia reuniu esses integrantes no Grupo Especial de Resgate, criado em 17 de julho de 1989 através da Resolução nº 52 da Secretaria de Segurança Pública.
Mas diferente de outras unidades, o Grupo somente era reunido em ocasiões que demandavam atuação especializada, como no sequestro do empresário Abílio Diniz em 11 de dezembro de 1989. O GER teve papel fundamental para a libertação de Diniz que permaneceu 36 horas como refém. Cumprida essa missão, os policiais retornaram às suas atividades normais em suas unidades policiais de origem.
Em 23 de abril de 1990 seis instrutores da SWAT de Miami vieram ao Brasil para ministrar um curso ao GER e ao Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), esse da Polícia Militar do Estado de São Paulo. O treinamento foi completo e abrangeu várias técnicas utilizadas em operações especiais.
Nos anos seguintes o GER participou de várias ações com reféns, todas bem-sucedidas e algumas realizadas em apoio a outros Estados.

Nos anos 2000
Em 2011 o GER foi transferido para o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, o DHPP, mas retornou para o DEIC em 2015. Já naquela situação, seu nome foi alterado para Grupo Especial de Reação mantendo a sigla GER e passando a integrar a Divisão de Operações Especiais. Nessa Divisão estão outros dois grupos de elite da PCESP, o Serviço Aerotático, que conta com quatro helicópteros e pilotos e tripulantes especializados na missão policial, e o GARRA. As três unidades passaram a atuar conjuntamente quando necessário, em perfeita sintonia.
“Dependendo da magnitude da operação o GARRA nos auxilia numa eventual incursão ou fazendo o nosso perímetro enquanto nós especificamente realizamos a invasão tática mais próxima. Neste ano nós tivemos uma operação em que as informações indicavam que um grupo de 15 a 30 criminosos explodiriam caixas eletrônicos numa cidade de uma determinada região do interior de São Paulo. Esses criminosos teriam várias opções de fuga uma vez que não tínhamos a localização exata do ataque. O GER atuou com 30 policiais e o GARRA apoiou com mais 20. Os criminosos explodiram os caixas eletrônicos mas conseguimos localizar que eles fugiram para uma enorme fazenda. Assim, nós fizemos a invasão tática na casa da fazenda e o GARRA a segurança do perímetro e o suporte necessário”, explicou o Dr. Artur Dian, supervisor do GER. Sendo um profissional extremamente vocacionado para atividades de operações especiais, Dian tem 23 anos de carreira, possui curso da SWAT em Miami e cursos na Alemanha, Colômbia, Espanha, França e Itália.
Também são feitas missões e treinamentos com o SAT, uma vez que o uso do helicóptero é fundamental e indispensável nas operações especiais.
O GER é uma unidade que permanece aquartelada e de prontidão sendo seus homens acionados em dois tipos de situação. A primeira é para apoiar o DEIC e qualquer unidade da PCESP em operações planejadas após profunda investigação feita pelos setores de inteligência. Neste caso o grupo recebe as informações, faz estudos do local, dimensiona a quantidade de policiais que será necessário empregar, os armamentos e equipamentos a serem usados e demais detalhes fundamentais. Depois, caso necessário, faz treinamentos específicos preparando-se para a operação.
A segunda situação é para atender a uma crise instaurada como uma ocorrência com reféns ou uma ação imediata em que será necessário o apoio do GER em missões de alto risco com criminosos fortemente armados.
O GER, pela sua característica e qualificação dos seus policiais, é constantemente acionado. Mas quando não está atendendo a uma ocorrência, seus policiais estão em treinamento.
A maior parte das ações acontece no período noturno e o GER utiliza exclusivamente viaturas Chevrolet Trailblazer com três policiais. Cada uma das três equipes táticas do GER possui 10 investigadores sendo um deles o encarregado. É interessante notar que as equipes são totalmente autônomas em termos de capacidades, uma vez que entre os seus policiais existem aqueles especializados no uso de explosivos – seja para uma invasão tática ou para desarmar um artefato – e os atiradores de precisão (snipers).
Apenas voluntários

O ingresso no GER é voluntário. O policial precisa ter, no mínimo, cinco anos de experiência na polícia ou no mínimo uma qualificação tática. Seu currículo e ficha são analisados por um conselho do GER. O candidato passa ainda por um teste de aptidão física e de tiro. Caso aceito, inicia então um curso de 40 dias, mas desde o início já integra uma das três equipes.
No treinamento o aluno aprende ou aprimora técnicas de artes marciais, principalmente o muay thai e jiu-jitsu. Aperfeiçoa as técnicas de tiros com armas curtas e longas, aprende a operação em ambiente noturno, invasões táticas, tiros de comprometimento (sniper), invasão tática com explosivo e aprende sobre os equipamentos utilizados pelo GER.
O Grupo busca sempre estudar, entender e aprender com casos reais acontecidos com outras unidades de polícia do Brasil e do mundo além de buscar um aprimoramento constante na questão de táticas, doutrinas e uso de novos equipamentos.
Afinal, para o GER erros não são admitidos.
Fonte/Créditos: Hunter Pres
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